Thursday, March 31, 2011

Arriscar é: lutificar

Os lutos são mesmo uma luta.
São tão mais dificeis quando inesperados.
E quando se juntam vários...
Torna-se dificil acreditar quando os suportes são poucos.
Mas há vida!
Vida para além da luta que é o luto.
Aceitar esperar a nova etapa poderá ser o primeiro passo.
O que nos espera para além dessa negritude que se abate sobre nós?
A certeza das vitórias já alcançadas.

Tuesday, March 29, 2011

Arriscar é: perdoar

Deus não perdoa só os pecados
que pedimos que sejam perdoados.
Se assim não fossequem por cá andaria?

Se assim é, nós devemos perdoar
a quem nos pede perdão e até a quem não pede.

Wednesday, March 16, 2011

Arriscar é: Quaresmar

Saúde:
1.       Bebe muita água
2.       Come ao pequeno-almoço como um rei, ao almoço como um príncipe e ao jantar como um pedinte;
3.       Come o que nasce em árvores e plantas, e menos comida produzida em fábricas;
4.       Vive com os 3 E's: Energia, Entusiasmo e Empatia;
5.       Arranja tempo para rezar;
6.       Joga mais jogos;
7.       Lê mais livros do que leste em 2010;
8.       Senta-te em silêncio pelo menos 10 minutos por dia;
9.       Dorme 7 horas por dia;
10.   Faz caminhadas de 10-30 minutos por dia, e sorri enquanto caminhas.

Personalidade:
11.   Não compares a tua vida à dos outros. Não fazes ideia de como é a caminhada dos outros;
12.   Não tenhas pensamentos negativos ou coisas sobre as quais não tens controle;
13.   Não te excedas. Mantém-te nos teus limites;
14.   Não te tornes demasiado sério;
15.   Não desperdices a tua energia preciosa com banalidades;
16.   Sonha mais acordado;
17.   Inveja é uma perca de tempo. Já tens tudo que necessitas....
18.   Esquece questões do passado. Não lembres o teu parceiro dos seus erros do passado. Isso destruirá a vossa felicidade presente;
19.   A vida é curta de mais para odiar alguém. O ódio faz-te mais mal a ti do que aos que se dirige;
20.   Faz as pazes com o teu passado para não estragares o teu presente;
21.   Ninguém comanda a tua felicidade a não seres tu;
22.   Tem consciência que a vida é uma escola e que estás nela para aprender.

23.   Sorri e ri mais;
24.   Não necessitas de ganhar todas as discussões. Aceita a discordância;

Sociedade:
25.   Contacta a tua família amiúde;
26.   Dá algo de bom aos outros diariamente;
27.   Perdoa e perdoa-te;
28.   Passa tempo com pessoas acima de 70 anos e abaixo de 6;
29.   Tenta fazer sorrir pelo menos três pessoas por dia;
30.   Não valorizes tanto o que os outros pensam de ti;
31.   O teu trabalho não tomará conta de ti quando estás doente. Os teus amigos o farão. Mantém contacto com eles.

A Vida:
32.   Faz o que é correcto;
33.   Desfaz-te do que não é útil, bonito ou alegre;
34.   DEUS cura tudo;
35.   Por muito boa ou má que a situação seja.... Ela mudará...
36.   Não interessa como te sentes, levanta-te, arranja-te e aparece;
37.   O melhor ainda está para vir;
38.   Quando acordas vivo de manhã, agradece a DEUS pela graça.
39.   O teu interior é um tesouro, cuida-o e protege-o

40.   Quando te desafiam à conversão é porque ainda não desistiram de ti.
(adaptado)

Thursday, March 10, 2011

Arriscar é: solidão frutuosa

 Carta do Padre Fábio de Mello
       A graça de ser só.

       Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias.
Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.

       Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.
       Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do “pode ou não pode”.
       A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser dos que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.
       Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou ser padre, e quando escolhi o ser, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.
       Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em “propriedade privada”. Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.
       Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É
preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.
       Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras, nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo demais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.
       É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.
       A graça desça sobre cada um de vocês meus filhos!
       Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, AMÉN!
       Padre Fábio de Melo

Arriscar é: provar o amor

Se o amor não precisasse de ser provado Jesus não teria morrido na Cruz. Temos mesmo dar provas do nosso amor!