Tuesday, December 22, 2015

Arriscar é: noelar

 Desejamos a todos
 que o Menino Deus
 acrescente amor e misericórdia
 aos vossos corações!

Arriscar é:a nossa parte

E se cada um se preocupasse antes de tudo com a sua parte?
O problema é que nos envolvemos tanto com a parte dos outros 
que não depende de nós
e a nossa fica esquecida!
Se cada qual se envolvesse mais e bem com aquilo que lhe compete
todas as partes estariam bem. 
Na verdade essa é a única parte que depende inteiramente de nós!

Tuesday, December 15, 2015

Arriscar é: nascer para ti!

Caminha na Sua Luz
O teu Deus, Ele mesmo
Caminhará contigo.
Prepara o teu coração e vem
Na confiança e alegria
Só ou com os teus irmãos
Mas vem.
Não temas fazer-te ao Caminho
Com tudo o que és
Tu tens o teu lugar
Na casa de Deus
Tu tens irmãos a reencontrar
Tens santos a imitar
Tens Maria a escutar
E Jesus a nascer
Para ti!

Arriscar é: respostas

Temos sempre tantas respostas para tudo.
Na verdade importa ter só uma: o amor e a misericórdia!

Thursday, November 26, 2015

Arriscar é: passado ou futuro?

Vale mais avaliar bem o passado do que querer adivinhar o futuro!

Arriscar é: muros ou pessoas?

"A propósito da Torre de Babel — talvez já me tenhais ouvido dizer, mas repito-o porque é muito «plástico» — há um midrash escrito mais ou menos no ano 1200, na época de Tomás de Aquino, de Maimónides, aproximadamente naquele período, por um rabino judeu que aos seus na sinagoga explicava como teve lugar a construção da Torre de Babel, onde o poder do homem se fazia sentir.
Era muito difícil e deveras dispendioso, porque se devia preparar os tijolos com o barro e nem sempre havia água nas redondezas; era preciso procurar a palha, amalgamar a massa, depois cortá-los, secá-los, enxugá-los e cozê-los no forno; e no final os operários subiam, levando-os consigo... Quando caía um destes tijolos era uma catástrofe, porque eles representavam um tesouro, eram caros, custavam. Mas, ao contrário, se caía um trabalhador, nada acontecia!
O muro exclui sempre, prefere o poder — neste caso, o poder do dinheiro, porque o tijolo tinha um preço, ou a torre que queria chegar até ao céu — e assim sempre exclui a humanidade.
O muro é o monumento da exclusão".
Papa Francisco

Thursday, November 12, 2015

Arriscar é: listar

A Lista:
 
O que devemos eliminar:
1. A extrema necessidade de aprovação dos outros
2. A raiva e os ressentimentos
3. A imagem negativa do corpo
4. A ideia de um parceiro/a perfeito
5. A ideia de uma vida perfeita
6. Esperar ficar rico para começar a viver a generosidade
7. A ideia de que a sorte vai bater à tua porta
8. Actos que levem a Desculpas
9. Pensamentos sobre quem te magoou
10. A teimosia
11. A bagagem que “carregas”
12. A negatividade
13. Julgamentos
14. A inveja
15. A insegurança
16. Depender somente dos outros para ser feliz
17. O passado que era bom...
18. A necessidade de controle
19. As expectativas nunca ajustadas
20. Deixar para depois (ou para nunca)
 
O que devemos lembrar:
1. A generosidade aquece a vida de todos
2. Adaptamo-nos, sempre
3. A cabeça pensa, o corpo fala, o coração comanda
4. Com as falhas esculpimos a serenidade
5. A beleza está por toda a parte
6. Depois da tempestade, vem a bonança
7. O caminho mais fácil, não é necessariamente o mais bonito
8. As perdas refinam a paciência
9. Um pouco de planeamento, estrutura. Em excesso, aprisiona
10. Dizer olá, obrigada e adeus
11. Estar sempre atento ao que nos rodeia
12. Usar a dor para renascer o prazer
13. Carregamos o peso dos nossos medos
14. As nossas escolhas constroem o nosso caminho
15. As pessoas e Deus são a essência de tudo
16. As lágrimas regam o respeito por nós, pelos outros pela natureza
17. Somos todos parte do mesmo
18. O importante não é só chegar, é caminhar
19. Os obstáculos abrem as janelas da inteligência
20. E acima de tudo, não desistir de ser feliz…Pois a vida é um espectáculo imperdível.
 

Arriscar é: não ter medo de ser feliz

Existem pessoas que se acham no direito de sofrer tudo
mas não assumem o direito de serem felizes.

Tuesday, October 27, 2015

Arriscar é: ver Jesus

Ver Jesus sempre pelas costas poderá ser sinal que o vamos a seguir.
E é isso que se quer nesta vida se deseja até o olharmos de frente quando Ele nos acolher na eternidade.

Tuesday, October 06, 2015

Arriscar é: angelical

Se estivermos atentos, conseguiremos perceber a intervenção
do no Anjo da Guarda, no que respeita, á defesa da nossa integridade física.
Contudo, ele também passa por nós para nos defender dos males espirituais.
Quantas vezes ele nos apresenta o caminho para a reconciliação oara que a nossa alma não se perca?
Saberemos nós reconhecer essa graça e aproveitá-la para encontrarmos a paz para nós e para os outros?
Obrigado Anjo da Guarda por me ofereceres tantas possibilidades de corrigir o meu erro e culpa reconciliando-me com Deus e os outros.

Arriscar é: maior felicidade

Uma das coisas que mais nos desfigura é não sermos capazes de nos alegrarmos com o bem dos outros.
Isto é confirmado por S. Francisco que diz:
"Enche-se de felicidade aquele que vê, sem inveja, a felicidade dos outros".

Wednesday, September 30, 2015

Arriscar é: significado

Procurar constantemente significado para a nossa existência é essencial.
Importa também não retirar o significado que cada um tem para o seu viver. 
Mesmo que isso pareça absurdo ou irrisório para nós, senão viveremos sem esperança e a esperança é fundamental para o ser humano.

Monday, September 21, 2015

Arriscar é: dom

Cremos firmemente que o crescimento humano
passa por ir entendendo tudo como dom.
Até mergulharmos no Dom Infinito,
esta é a nossa máxima busca:
conseguir entender que tudo é dom!

Tuesday, September 15, 2015

Arriscar é: decretar

Os Estatutos do Homem
 
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.
 
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
 
Artigo III 
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.
 
Artigo IV  
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
 
O homem, confiará no homem
como um menino confia noutro menino.
 
Artigo V 
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio,
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
Com o seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.
 
Artigo VI 
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
 
Artigo VII 
Por decreto irrevogável fica estabelecido 
o reinado permanente da justiça e da claridade, 
e a alegria será uma bandeira generosa 
para sempre desfraldada na alma do povo.
 
Artigo VIII  
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.
 
Artigo IX  
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.  
Mas que sobretudo tenha 
sempre o quente sabor da ternura.
 
Artigo X 
Fica permitido a qualquer pessoa,
a qualquer hora da vida,
uso do traje branco.
 
Artigo XI  
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama 
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.
 
Artigo XII  
Decreta-se que nada será obrigado 
nem proibido,
tudo será permitido, 
inclusive brincar com os rinocerontes 
e caminhar pelas tardes 
com uma imensa begónia na lapela.
 
Artigo XIII  
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará numa espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.
 
Artigo Final.  
Fica proibido o uso da palavra liberdade, 
a qual será suprimida dos dicionários 
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre 
o coração do homem.
 
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.”

Tuesday, September 01, 2015

Arriscar é: aprender

Aprender é divino.
Não aprender ofende a nossa essência humana.
Requer abertura, acolhimento ou adesão.
E paciência até estar completo o caminho que exige que se ponha em prática o que se aprendeu.
Quando assim é pode dizer-se que se aprendeu.
Existem condições para se aprender que são facilitantes. Uma delas é a idade e o seu desenvolvimento.
Como ninguém aprende sozinho resta ainda a humildade de agradecer a Deus e aos seus intermediários tão grande dom.

Tuesday, August 18, 2015

Arriscar é: pureza

Dar tempo a trabalhar a pureza de coração
deverá ser a tarefa mais significativa das nossas vidas.
Depois qualquer terapia fará sentido e dará resultado.
Esta pureza permite-nos ver o bom, o belo e a verdade.
Na sua ausência dos nossos corações só nos será possível
ver o que é mau, feio e mentira. 
E não é que às vezes também deixamos de gostar de tudo...
Também a impureza nos conduz a esse estado de esquisitice.

Sunday, August 02, 2015

Arriscar é: biografia

Em tempo de verão a leitura pode ser mais diversificada.
Uma das boas sugestões é a vida dos santos.
Uma boa biografia desafia, entusiasma e inspira.
Grandes heróis da humanidade que nos enchem de esperança na pessoa humana.

Tuesday, July 07, 2015

Arriscar é: 500 anos

“Nada te turbe.
Nada te espante.
Tudo passa.
Deus não muda.
A paciência tudo alcança.
Quem a Deus tem, nada lhe falta.
Só Deus basta!" 

 

Santa Teresa de Jesus

Monday, June 22, 2015

Arriscar é: acreditar no passado

Com tantos profetas da desgraça, letrados e não letrados,
mais vale acreditar no passado e na sua sabedoria.
Por tudo se conjectura numa onda de medo.
Será que é só essa a forma de nos fazer avançar?
Quero seguir adiante com aquilo que a vivência de tantos no passado
nos legou.

Thursday, June 18, 2015

Arriscar é: a Igreja de Francisco de Jesus

A Igreja com que Francisco sonha

Como Francisco de Assis, o que o Papa Francisco encontrou foi uma Igreja em ruínas. Daí, o seu empenho, sem hesitações, na sua transformação e conversão.

O teólogo Agenor Brighenti acaba de apresentar preocupações e modelos fundamentais, em ordem a uma mudança radical, citando Francisco.

1. "De uma Igreja autorreferencial a uma Igreja nas periferias". É essencial pôr termo a uma Igreja autocentrada e, por isso, da exclusão, para passar a uma Igreja que acolhe os que se encontram marginalizados nas periferias: os considerados perdidos, os que pensam de outro modo, longe das certezas eclesiásticas, os das periferias da dor, das injustiças, da miséria, os pobres e analfabetos, os sem--abrigo, os presos, os drogados, os homossexuais, as famílias monoparentais, os recasados que não podem comungar, os padres casados, e tantos tantos outros...

2. "De uma Igreja-alfândega a uma Igreja samaritana". Francisco insiste numa Igreja da "revolução da ternura". "Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É preciso curar as feridas; depois, falaremos do resto." Daí, a urgência de uma Igreja-mãe, samaritana, "capaz de redescobrir as entranhas maternas da misericórdia. Sem a misericórdia, pouco pode fazer para inserir-se num mundo de "feridos", que precisam de compreensão, perdão e amor".

3. "De uma Igreja de prestígio e poder a uma Igreja pobre e para os pobres". "Ah, como quereria uma Igreja pobre e para os pobres!", disse na inauguração do seu pontificado. E dá o exemplo. Numa entrevista: "Os chefes da Igreja, em geral, foram narcisistas, adulados e exaltados pelos seus cortesãos. A corte é a lepra do papado." Conhece bem a admoestação célebre de São Bernardo ao papa Eugénio III: "Não te esqueças de que és sucessor de um pescador e não do imperador Constantino." Por isso, repete constantemente que a Igreja "não pode afastar-se da simplicidade". "Nalguns há um cuidado ostensivo da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, sem se preocuparem com que o Evangelho tenha uma real inserção no povo fiel de Deus e nas necessidades concretas da história. Desse modo, a vida da Igreja converte-se numa peça de museu ou numa posse de poucos." Não ignorando a advertência do bispo Casaldáliga, "só há dois absolutos: Deus e a fome", a sua preocupação primeira não é a doutrina e a imagem pública da Igreja, mas o sofrimento e a causa dos pobres no mundo. Afinal, "a realidade entende-se melhor a partir da periferia do que a partir do centro", avisa.

4. "De uma Igreja milagreira e providencialista a uma Igreja profética". Denuncia "a cultura do descarte. Não se pode descartar ninguém" nem cair na "globalização da indiferença". Concretiza: "Hoje temos de dizer "não" a uma economia da exclusão e da iniquidade. Essa economia mata. É inaceitável que não seja notícia um ancião que morre de frio na rua, mas que o seja uma queda de dois pontos na Bolsa." "Enquanto os lucros de alguns crescem exponencialmente, os da maioria ficam cada vez mais longe do bem-estar dessa minoria feliz. Este desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Daí que neguem o direito de controlo dos Estados de velar pelo bem comum. Instaura-se uma nova tirania invisível." Assim, "o futuro exige hoje a tarefa de reabilitar a política, que é uma das formas mais altas da caridade".

5. "De uma Igreja encerrada na sacristia a uma Igreja acidentada por sair à rua". Claro que a uma Igreja que sai à rua pode acontecer o que acontece a qualquer um: um acidente. "Mas quero dizer francamente: prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja doente. A doença maior da Igreja fechada é a doença autorreferencial: ver-se a si mesma, curvada sobre si própria." Daí, a tarefa constitutiva da "missionariedade", do ecumenismo e do diálogo inter-religioso.

6. "De uma Igreja centralista a uma Igreja de Igrejas locais". É necessário superar o modelo centralizado de Igreja, a começar pela Cúria, que urge reformar radicalmente, para ser organismo de ajuda e não de censura - "impressiona ver as denúncias de falta de ortodoxia que chegam a Roma", adverte.

7. "De uma Igreja clerical a uma Igreja toda ela ministerial". A descentralização deve estar presente em todas as instâncias da Igreja e opõe-se ao clericalismo: este "não tem nada a ver com o cristianismo. Quando tenho diante de mim um clerical, instintivamente transformo-me num anticlerical". Se a Igreja é o Povo de Deus, todos têm de participar. Que lugar para os leigos e para as mulheres?

8. "De uma Igreja governada por bispos-príncipes a uma Igreja de pastores", que caminham "com e no seu rebanho". Evitai, diz aos bispos, "o escândalo de ser bispos de aeroporto".

O que mais impressiona, digo eu, é que o que Francisco sonha, quer e faz seja considerado extraordinário, quando deveria ser pura e simplesmente o normal.

DN 13JUN2015


ANSELMO BORGES, padre e professor de Filosofia

Arriscar é: fazer o ninho

Há uma expressão que, na minha língua, tem um sentido dúbio:
"fazer o ninho a alguém".
Creio que pode ser contrariado este sentido com o local onde fazemos esse ninho.
S. Boaventura diz:
"Assim como a pomba faz o seu ninho na fenda do rochedo, assim o cristão deve fazer o seu ninho na fenda aberta do Coração de Jesus!"
Esse é a rocha forte, segura e protegida!
Aí sim façamos o nosso ninho e o ninho de quem quisermos.

Friday, June 05, 2015

Arriscar é: Família 10

A psicanálise de família, de casal e de grupo levou autores contemporâneos a descobertas que ampliam as teorias concebidas a respeito do funcionamento de um aparelho psíquico individual. Assim, compreende-se que "não existe apenas a realidade forjada pelas fantasias inconscientes e a vida pulsional, mas que há outra, a que se cria a cada encontro entre dois ou mais sujeitos".

A noção de vínculo, tardia na teoria psicanalítica, distingue-se da noção de representação e relação de objeto. Surgiu pela necessidade de pensar o sujeito do inconsciente como sujeito da herança e da crescente importância de considerar o intersubjetivo na constituição do indivíduo, no seio de suas relações familiares.

Thursday, June 04, 2015

Arriscar é: Família 9

Procurando compreender o ciúme presente nas relações amorosas contemporâneas, salienta-se que, em função da experiência amorosa se ver marcada atualmente por intensa transitoriedade, flexibilidade e abertura, o ciúme extremo pode-se revelar como um resultado possível diante de um grande sofrimento que toda essa instabilidade provoca. As ambiguidades da vida contemporânea, enraizadas num contexto de incertezas, potencializam a abertura de um espaço propício aos comportamentos de extremismos, como o consumo de drogas, ligações com bandos e seitas, ou como é o caso do ciúme de caráter mais extremo, que "podem parecer a melhor defesa, ou, pelo menos, a mais viável delas."
Deduz-se, portanto, que o ciúme representa hoje uma das tentativas de controle da vida, "dolorosamente buscado para o gerenciamento da nova condição da experiência amorosa nos nossos dias". Diante de tudo, podemos perceber que a vida em casal na atualidade contempla algumas especificidades que trazem para a relação amorosa mais desafios do que no passado, tomando como base para este raciocínio, principalmente, a ideia de que a manutenção de um vínculo amoroso hoje depende do investimento de ambos da díade, de processos de confiança ativa e de diálogo. Assim, o objetivo do presente texto é trazer uma contribuição da psicanálise para a compreensão da dinâmica conjugal, abrangendo a sua instância inconsciente, para pensar a administração das dificuldades e conflitos que regem a vida em casal, principalmente em tempos contemporâneos.

Wednesday, May 27, 2015

Arriscar é: Família 8

A condição de aceleração do tempo, de alargamento de espaço e movimentação humana sem precedentes é impeditiva de vinculações psicossociais estáveis e prolongadas, em todos os planos da vida. A era da "instantaneidade", em que tudo funciona 24 horas por dia, propõe uma vida em que não se torna necessário postergar nenhum desejo ou necessidade, afastando o "fantasma da frustração". "Dentro do referencial psicanalítico, entenderíamos essa condição como de soberania do processo primário sobre o secundário, tal como funciona o bebé ao exigir o pronto atendimento e a satisfação das suas necessidades e desejos". Entende-se ainda, que o consumismo favorece uma disponibilização psicológica para o descarte, incluindo o de pessoas, moldando uma nova forma de relacionamento pautado pela efemeridade e o imediatismo. Em última instância, "trata-se, portanto, de um mundo que não favorece a aproximação entre as pessoas, a criação de vínculos duradouros, o associativismo e a grupalização".

Arriscar é: quase bom

Os juizos precipitados impedem-nos de ver
o fim das coisas.
Muitas delas são difiveis, dolorosas e por vezes até as
classificamos de más.
Contudo, a mesma coisa, lugar ou circunstância mais adiante
torna-se o contrário.
Desde a morte da semente até ao inverno a própria natureza nos ensina
a saber esperar ora o verão ora a flor.

Thursday, April 30, 2015

Arriscar é: família 7

Amar dá trabalho. E o ganho pode parecer pouco – especialmente quando se vive num mundo como o nosso, que nos cobra a busca por um fictício estado prazeroso ininterrupto. O ganho, que não está previsto nessa conta que soma êxtases, é aquele que não se percebe de imediato: as transformações do eu na experiência da intersubjetividade. Aqui se inclui a relação de amizade e interajuda.

Friday, April 24, 2015

Arriscar é: família 6

Uma relação amorosa duradoura depende, depois de passado o estado de apaixonamento, da disponibilidade psíquica de reconhecer o outro, sua alteridade, e que esse processo pode estar a tornar-se dificil numa "Cultura Narcísica". A experiência do encontro amoroso associa-se a uma subjetividade construída nas bases "de um eu que passou pela fase do narcisismo primário, dele saiu competente para a experiência da alteridade, e que se mantém e se reforça durante a vida numa cultura que lhe ofereça modelos de sustentação da intersubjetividade". Contudo, a cultura contemporânea, "reproduz conceitos e práticas que não sustentam a alteridade, e constantemente devolvem o sujeito para o miolo de si mesmo quando este procura referências fora de si, na experiência coletiva". Assim, na atualidade, é a possibilidade do encontro intersubjetivo que está em jogo. As pessoas agrupam-se para trabalhar, para estudar, para ganhar dinheiro, mas isso não necessariamente se caracteriza como um encontro intersubjetivo, porque na nossa sociedade, como efeito das condições de existência, cada um está mais interessado em falar de si do que ouvir o outro. "Falta disposição interna para escutar, refletir, construir junto um pensamento compartilhado, produto de um encontro". Optar por ficar só é uma saída, quando se percebe que o amor de "boa qualidade", o "amor de verdade" exige tempo e grande disponibilidade.

Wednesday, April 22, 2015

Arriscar é: ser mártir

Ser mártir é entregar a sua vida dando testemunho do nosso amor.
Por quem tu és Mártir?

Tuesday, April 21, 2015

Arriscar é: coerência

Há na nossa vida uma forte ligação ao sentido da coerência.
Se nos dizem: "és assim..." temos uma tendência em seguir essa classificação.
E mantemos a coerência com o que nos dizem.
Podemos perceber a importância do que afirmamos em relação ao ser do outro.
Se elevarmos a fasquia ele poderá subir na qualificação do seu ser.
Se baixarmos ele quererá, coerentemente, corresponder a tal.

Wednesday, April 15, 2015

Arriscar é: família 5

A instabilidade dos contratos que regem a vida contemporânea afeta a estabilidade dos vínculos, porque interfere na esperança dos parceiros de se manterem sempre unidos, como se pensava antigamente, já que o sentimento de vulnerabilidade narcísica decorrente desta instabilidade interfere na capacidade de mediação dos conflitos e de aceitação das próprias faltas. Ou seja, como o vínculo amoroso implica no estabelecimento de um contrato em que há um investimento narcísico, a incerteza quanto ao futuro deste investimento influencia na disponibilidade dos parceiros quanto às tentativas de resolução de conflitos inerentes do vínculo. Diante da ausência de contratos sólidos sustentando a formação dos vínculos, serão cada vez mais os próprios parceiros os responsáveis pela manutenção do vínculo, porque as condições de vida contemporânea convidam os membros da união para um tipo de pensamento não-linear e bastante complexo, envolvendo riscos altos, o que dificulta a manutenção do contrato.

Arriscar é: família 4

Apesar da contribuição inegável da presença dos valores democráticos na organização dos vínculos amorosos hoje em dia, também é preciso reconhecer o lado desta liberdade que aponta para um desafio. Na contemporaneidade os vínculos encontram-se mais preenchidos por valores passíveis de serem questionados e requestionados pelos seus membros, o que se reverte em insegurança. Trata-se de um paradoxo e da complexidade a que estamos expostos hoje em dia.
Se antigamente os vínculos eram mais estáveis, eram igualmente pouco abertos para o diálogo: os conflitos existiam, mas dificilmente podiam ser questionados/conversados. Atualmente, com o advento do "relacionamento puro", valorizamos a igualdade de direitos e de responsabilidade, o respeito mútuo e a presença do diálogo aberto no vínculo, embora aparentemente as condições de mantê-lo sejam mais frágeis.

Thursday, April 09, 2015

Arriscar é: família 3

Tendendo a ser a forma predominante de convívio humano, o "relacionamento puro" é o que se construiu como efeito dos fenómenos sócio-culturais e económicos de nossa era. Nesse tipo de relacionamento entra-se pelo que se pode ganhar, de acordo com o grau de satisfação que pode obter, pois é "baseado na comunicação emocional, em que as recompensas derivadas de tal comunicação são a principal base para a continuação do relacionamento", e não mais as normas rígidas tradicionais. É essa liberdade em torno da sua construção e a necessidade de estar em permanente construção, que o leva a ser caracterizado como aquele que pode ser rompido por qualquer um dos parceiros, a qualquer tempo.


Algumas características específicas fazem o "relacionamento puro" distanciar-se do padrão de relacionamento do tipo tradicional: depende de processos de confiança ativa (abertura de si mesmo para o outro), da franqueza, como condição básica para a intimidade, e da democracia. Um bom relacionamento realmente é aquele que se estabelece entre iguais, em que cada parte tem seus direitos e obrigações. É dessa forma que se compreende que os relacionamentos na atualidade seguem os valores da política democrática: igualdade de direitos e de responsabilidade; o respeito mútuo; a presença do diálogo aberto como uma propriedade essencial da democracia; e a ausência de poder autoritário. Por isso, considera-se realmente que se esses princípios forem aplicados aos relacionamentos, pode-se pensar  numa "democracia das emoções na vida quotidiana", e que esse tipo de democracia lhe parece tão importante quanto a democracia pública para o aperfeiçoamento da qualidade das nossas vidas.

Wednesday, April 08, 2015

Arriscar é: família 2

"São diversos os autores que entendem que as mudanças de configurações nos vínculos se depreendem de um cenário sociocultural e económico marcado pela efemeridade, pelas incertezas e por toda sorte de descompromissos diante do declínio dos valores tradicionais e das instituições que neles estavam apoiadas

Na "modernidade líquida", como denomina a contemporaneidade, os elos que entrelaçavam as escolhas individuais em projetos e ações coletivas se desmancharam, e o compromisso, a honestidade e todo tipo de valor fundamentado na honra e na solidez dos relacionamentos, hoje, são vistos como "armadilhas" que se procura a todo custo evitar".

Arriscar é: VIP

"A polémica estalou com estrondo. "Ele tem uma lista VIP!" - disse alguém - "sei de fonte segura". "Não pode ser! Seria discriminação! Então não somos todos iguais…?!" - ripostaram uns, indignados. "E nós que andamos sempre com ele, estamos incluídos na lista ou não?!" - reivindicaram outros. "Pois, não percebemos bem" - tentou explicar um deles. "A verdade é que, certa vez, discutíamos quem seria o primeiro entre nós - apresentámos critérios, considerámos posições, ouvimo-nos uns aos outros - ele interrompeu e disse…". "Como é que ele disse…?" - estacou, aflito. O amigo ajudou: "hmm… acho que foi mais ou menos isto: «se alguém quiser ser o primeiro, será o último e o servo de todos»". "Pois foi. E lembras-te quando chamou um menino e disse…". "Como é que ele disse…?" - estacou, de novo, aflito. O amigo ajudou: "hmm… «aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus»?". "Pois foi. E houve mais uma série de vezes em que nos lembrava que os publicanos e as meretrizes entrariam à nossa frente no Reino dos Céus!". "Um escândalo, essa lista VIP" - murmuram alguns. 

"Sim, mas querem saber toda a verdade? Ainda não sabem da melhor: houve um momento em que finalmente soubemos de alguém que tinha lugar assegurado na lista VIP de Jesus". "Então, quem era?!...". O suspense calou a multidão. "Foi no fatídico dia. Havia dois ladrõezecos pendurados na cruz, à espera que a morte chegasse. Um de cada lado do Senhor. Enquanto um insultava Jesus, o outro, voltou-se para ele e disse-lhe: «Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com o teu Reino». E o Senhor respondeu: «hoje estarás comigo no Paraíso». E foi o que bastou para entrar directamente para a Lista VIP". A multidão, ao ouvir isto, ficou desconcertada: nunca ouvira falar de uma lista feita com critérios tão peculiares.

E pronto: aqui está o que se sabe sobre a lista VIP de Jesus: dela consta um só nome; e é o nome de um ladrão. O que Jesus tenha visto naquele homem, que o venha a encontrar - na máxima expressão - em cada um de nós!"

João Delicado

Thursday, April 02, 2015

Arriscar é: milagre de amor

Votos de Santa Páscoa para todos.
Lembro a riqueza que se faz pobreza para nos enriquecer.
Seja por aqui o Caminho a seguir com os nossos!
P. Carlos
 
 
"Que bom te receber no meu coração
Te tocar
Ter te em minhas mãos
Com carinho te acolher
E contigo ser um só

Ter contigo uma perfeita comunhão
Corpo e sangue vinho e pão
Milagre de amor
Fonte de vida

Ó meu Jesus eucaristia
Eu te recebo em comunhão
Pois mesmo sem que eu mereça
Vens fazer morada no meu coração

Eu te adoro meu Jesus
Doce mistério no meu coração
Como um Deus tão grande e soberano
Se faz pequeno em um pedaço de pão
Só por amor"



Link: http://www.vagalume.com.br/juliana-de-paula/milagre-de-amor.html#ixzz3W9k7uKWt

Tuesday, March 31, 2015

Arriscar é: família 1

"A contemporaneidade abarca uma ampla possibilidade de organização familiar e o estar casado não implica mais em uma união estável e de durabilidade garantida. As condições de existência contemporâneas trazem uma série de desafios para os casais nos dias de hoje. Os vínculos amorosos construídos são perpassados por uma incerteza sobre sua continuidade, que tem o potencial de interferir nesta dinâmica caso o casal não tenha condições de administrar o modo contemporâneo de se vincular".

Thursday, March 26, 2015

Arriscar é: aliança

O Senhor recorda para sempre a sua aliança!
E nós quando nos lembramos?

Saturday, March 14, 2015

Arriscar é: para além


 "Quando Gandhi estudava direito na Universidade de Londres, tinha um professor chamado Peters que não gostava dele, mas Gandhi nunca baixou a cabeça.

Um dia, no refeitório, esse aluno sentou-se à mesma mesa do professor.
Este disse-lhe:
- Senhor Gandhi, você não sabe que um porco e um pássaro não comem juntos?
- Ok, professor, já vou voando… - Levantou-se e mudou de mesa...

O professor, aborrecido, resolve vingar-se no exame, mas ele respondeu brilhantemente a todas as perguntas

Antes de classificar a prova, nervoso, questionou-o:
- Senhor Gandhi, indo o senhor por uma rua e encontrando uma bolsa, abre-a e, no seu interior, vê a sabedoria e muito dinheiro..., com qual deles ficava?
- Com o dinheiro, professor!
- Ah!... Eu, no seu lugar, ficaria com a sabedoria!
- Tem razão professor..., cada um ficaria com o que não tem!

O professor, furioso, escreveu na prova “Idiota” e entregou-a.

Gandhi recebeu a prova e sentou-se... Alguns minutos depois, foi ter com o professor e disse:
- Professor! O Sr. assinou a prova, mas não pôs a nota…"

Wednesday, March 11, 2015

Arriscar é: desentupir

Existe muito lixo no canal da graça divina que importa desentupir.
Maus sentimentos, excessos, omissões, ressentimentos, indiferenças...
Enquanto não nos livrarmos destes elementos tóxicos muita da graça de Deus
não conseguirá chegar até nós.

Tuesday, February 24, 2015

Arriscar é: aliviar

"O MISTÉRIO DOS SAPATOS APERTADOS

Um homem usava todos os dias uns sapatos 2 números abaixo.
Passava o dia inteiro a trabalhar com esses sapatos calçados, extremamente desconfortáveis. Notava-se perfeitamente o sacrifício que ele fazia para aguentar as dores nos pés.
Quando um colega lhe perguntou a razão de ele andar sempre com esses sapatos, o homem explicou:
- Ganho mal, tenho sempre fome, não tenho carro, a minha casa está a cair aos bocados... O único prazer que tenho na vida é chegar a casa e tirar os sapatos...
(Pois…sendo assim…)"
Adaptado

Wednesday, February 18, 2015

Arriscar é: In diferença

A indiferença mais tocante e chocante é a que não repara.
Desde um novo penteado até uma nova atitude passando por qualquer novo adereço,
a indiferença magoa.
Que dirá o Deus omnipresente quando só damos com Ele quando a vida toca os seus extremos?
Tomar mais consciência da Sua presença é encher a vida de mais graça, daquela que depois se torna transbordante, contagiante!
Assim se fará a diferença.

Monday, February 16, 2015

Arriscar é: tocar

O toque de Jesus muitas vezes curava outras vezes afastava aqueles que acusavam o toque.
Connosco também será assim. 
Há toques que nos curam e há toques que nos afastam.
É normal acusar o toque ou senti-lo.
O toque que cura vai da pele ou dos ouvidos ao coração.
E se é bom sermos assim tocados que bom é podermos tocar os outros dessa maneira.


Wednesday, February 11, 2015

Arriscar é: conhecer

Antigamente as pessoas conheciam-se desde o principio
hoje começam pelo fim.

Friday, February 06, 2015

Arriscar é: o amor de todos os amores

"Seria ainda pouco pensar em Deus como o primeiro amor, ou o maior, entre muitos outros amores. Desse modo, Deus ainda seria um entre tantos, mesmo sendo o maior ou o primeiro entre todos. Seria ainda o absoluto, desligado de nós, aquele que, mesmo que benignamente nos atraísse, continuaria a despertar desconfiança, ressentimento e concorrência. Pelo contrário amar a Deus com todo o coração, significará amá-lo como o amor de todos os amores (entre pais e filhos, entre amado e amada, entre amigos, entre quem pede e quem dá), o laço de todos os afectos, a compaixão de todos os encontros, a esperança de todos os lugares, a fecundidade de todas as artes. Amá-lo significa reconhecer que sem ele não podemos viver; que, não o possuímos como coisa nossa, o temos da nossa parte. E, por isso, lhe podemos dizer que permanece para mim um outro e que me é necessário, dado que o que eu sou de mais verdadeiro é o que existe entre nós é entre-nós e entre-tanto-e-tantas-coisas que o nosso amor a Deus se desenha e se realiza. Assim, não será amado sem amores e sem afectos, sem encontros, sem lugares e sem artes. Pelo contrário, é nesses amores e afetos, nesses encontros, lugares e artes que Deus é amado. Sim com todo o coração e com todas as forças. Cada pessoa, cada circunstância, cada elemento do mundo é, de facto, lugar da passagem e do encontro com O-sempre-presente. Neles, o nosso amor A-Deus.
in José Frazão Correia (2013). A fé vive de afecto, pp.107-108. Paulinas Ed.

Monday, February 02, 2015

Arriscar é: nt 19

Vieram quase todos!
Os pobres, os doentes, os cativos, os cegos, os pecadores e os publicanos...
Enfim os últimos!
Quiseram ver e aprender como Ele É.
-"Vinde e vede!" disse o José! 
E ficamos com Eles! Eram quatro horas.
Vimos o que tantos desejaram ver no passado e acreditámos.
Havia quem quisesse fazer ali uma tenda e permanecer.
Muitos pediam:
-"Fiquem connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso".
Outros exclamavam:
-"Não nos arde o coração, quando Ele nos olha?"
Na verdade, não vieram ainda todos e estranhamente é Ele que insiste em ir à procura da ovelha perdida, dos filhos pródigos.
Não Desiste nem se Cansa, até ao fim!
Ó Luz terna e suave, vem sempre nascer e encher-nos de Ti!
Amén!

Arriscar é: nt 18

Mais um Shabat:
Hoje uma sombra vinda de Jerusalém parecia querer cobrir-nos.
Jerusalém que não acolhes Aquele que vem libertar-te.
O José falou em ir para o Egipto.
Como no passado será a partir de lá que virá o libertador, a Nova Páscoa.
Já tenho saudades...
É bonito ouvir a Maria dizer serenamente o seu sim mesmo nesta hora difícil:
"A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador".

Arriscar é: nt 17

Tudo parece um sonho!
Os três sábios persas voltaram à sua terra por outro caminho.
Já não confundem o que é de César com o que é de Deus.
O José e a Maria partilharam o seu sonho de serem uma Família e como a realidade os tinha baralhado de inicio, mas que que o Sonho falou mais forte.
Já eu tinha sonhado com uma ovelha de brincar e o Carpinteiro de Nazaré concretizou-o.
Felizes os que se deixam guiar pelos sonhos que Deus quer. É assim que o AMOR nasce!

Arriscar é: nt 16



À entrada da Gruta surgiu uma nascente, e eis que brota em todas as direcções e tudo viverá por onde quer que passe este rio
É este rio da água viva, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.
Foi ao profeta Ezequiel (Ez 47, 1ss) que Deus revelou que proporcionaria abundantes bênçãos para o Seu povo. Essas bênçãos, foram representadas por um rio que flui da casa de Deus, fertilizaria toda a terra, produzindo colheitas abundantes, curas milagrosas, vida em abundância.
Agora bem eu sei a fonte que mana e corre,
Embora seja noite.
Aquela eterna fonte não a vê ninguém
E bem sei onde é e donde vem,

Embora seja noite.
Não pode haver, eu sei, coisa tão bela
E céus e terra beleza bebem dela,
Embora seja noite.
E desta fonte nasce uma corrente
E bem sei eu que é forte e omnipotente,
Embora seja noite.
Aqui está a chamar as criaturas
Que bebem desta água, e às escuras,
Porque é de noite.
Esta viva fonte que desejo,
Em este Pão de Vida, aí a vejo,
Embora de noite.

Arriscar é: nt15

Pois do Oriente vimos a Sua estrela e viemos adorá-Lo" (Mateus 2:1-2).
Assim, começavam a descrever a sua longa aventura aqueles santos Magos e de imediato todo o brilho das Estrelas se concentrava no olhar da Maria.
Saboreavam, ela e o José, tudo aos poucos, na certeza de tão grande mistério ser impossível de conter de uma só vez. 
Em tudo acolhiam a Eterna Luz que em Si encerra o melhor dos céus, o melhor da terra.
E o Jesus, cadentemente, daí a pouco deixou cair a cabeça tonta de sono no regaço virgem da Mãe.
Dorme em Paz, ó Jesus!

Friday, January 23, 2015

Arriscar é: estar sempre

Jesus está Sempre e nós?
Ao longo da vida vamos registando momentos em que percebemos que Deus esteve presente. Foram momentos extremos em que a vida foi provada e a prova foi vencida com o nosso recurso a Deus.
Algumas pessoas lembram esse momento como culminante e repetem a sua descrição vezes sem conta. Sempre com emoção e gratidão revelando uma especial presença e intervenção Divina. Ao ouvirmos esses testemunhos não deixamos de ficar tocados.
Realmente esses cumes da nossa experiência espiritual, apesar de poucos, são fantásticos.
Mas, será que Deus está assim tão pouco na nossa vida?
O que será ter a consciência permanente da nossa vida em Deus e de Deus na nossa vida.
Creio que é esta a beatitude dos pastorinhos Francisco e Jacinta. E esta presença contínua de Deus na sua vida foi alimento e alimentada numa doce intimidade.
Na realidade Deus está sempre connosco que pena e desperdício só o entendermos esporadicamente.
Se soubéssemos acolher Esta presença e colocarmo-nos Nela…
Que,  com os Beatos Francisco e Jacinta, saibamos fazer e dizer mais vezes: “Ó Jesus é por vosso amor!”

Arriscar é: provar o amor

Se o amor não precisasse de ser provado Jesus não teria morrido na Cruz. Temos mesmo dar provas do nosso amor!