A psicanálise de família, de casal e de grupo levou autores
contemporâneos a descobertas que ampliam as teorias concebidas a respeito do
funcionamento de um aparelho psíquico individual. Assim, compreende-se que
"não existe apenas a realidade forjada pelas fantasias inconscientes e a
vida pulsional, mas que há outra, a que se cria a cada encontro entre dois ou
mais sujeitos".
A noção de vínculo,
tardia na teoria psicanalítica, distingue-se da noção de representação e
relação de objeto. Surgiu pela necessidade de pensar o sujeito do inconsciente
como sujeito da herança e
da crescente importância de considerar o intersubjetivo na constituição do
indivíduo, no seio de suas relações familiares.