Friday, November 18, 2011

Arriscar é: 40+3

40+3
Aos Sacerdotes que me acompanharam e marcaram a vida até aqui. Agradeço de um modo especial o acolhimento, o entusiasmo e a inspiração.
O P. Vicente (+) Casou os meus pais e baptizou a mim e ao meu irmão na Paróquia da Cela Nova terra da minha mãe, onde era Prior. Talvez a primeira pessoa a ver atrás de um altar. Não tive contactos directos com ele mas a sua vida acabou por marcar a história da minha família. Todos temos um sacerdote que acompanhou mais esses momentos da vida das nossas famílias.
P. Paixão (+) Antigo padre em Torres Vedras marcou a infância do meu pai como sacerdote. Durante anos era comum cruzarmo-nos com essa referência e lembrarmos o passado. Vinha por Alcobaça de férias e cultivou algum contacto com a minha família. Uma inspiração de bondade e serviço á Igreja e aos doentes no hospital Pulido Valente.
P. Zézinho. Este Padre brasileiro que muitos recordarão das musicas e dos textos que gravava e animavam a nossa adolescência. Sempre me identifiquei muito com a sua linguagem aos jovens. Li muitos dos seus livros e assisti a dois concertos dele. Um na Igreja do Forte da Casa e outro em Fátima. No estilo da linguagem é o mais marcante e inspirador.
P. Siopa (+) O meu Prior em Alcobaça. Acompanhou a minha vida em Alcobaça. O seu acolhimento, a sua sabedoria influenciou a minha ida para o Seminário. Soube fazer-me seu companheiro em muitos momentos que guardo com saudade.
P. Joaquim Duarte. Acompanhou a minha entrada para o Seminário e os meus primeiros quatro anos de Seminarista em Almada como director espiritual.
P. Traquina. A sua caminhada como seminarista, os primeiros anos de Sacerdote e o tempo em que estive em Almada foram também muito inspiradores para mim. Colaboramos muitas vezes no inicio e isso também foi importante para definir a minha identidade como sacerdote.
P. Zé Maria. Curioso que foi ordenado sacerdote já depois de mim. O Zé Maria era acólito em Alcobaça e responsável pelos jovens da altura. O seu testemunho de vida e a sua vontade de servir a Deus e os mais necessitados marcaram também a minha entrada no Seminário. A primeira vez que fui a um Seminário foi com ele. Ele era para entrar e na altura não entrou. Acabei por entrar primeiro do que ele.
P. Orlando Leitão (+) Foi o meu director espiritual no seminário dos Olivais. A sua bondade e humildade foram muito tocantes.
P. Vasco Pinto Magalhães. Quem o conhece e me conhece perceberá a influência que teve na minha vida. Participei durante vários anos nos exercícios espirituais que orientava em Palmela. Abriu-me os olhos e o coração à oração e á meditação na Palavra de Deus.
P. Batalha. Pároco na Lourinhã onde comecei a exercer, sempre me acolheu e respeitou apesar da diferença de idade e estilos encontrei nele alguém que aprendi a admirar e também a respeitar. Um verdadeiro pastor do Povo de Deus.
P. Paulo Luís. Meu colega de Curso no inicio do Seminário e meu colega de sacerdócio na Lourinhã. A nossa relação tem sido interessante na mútua colaboração e muito em especial na complementaridade, até aos dias de hoje.
P. José Guerra (+) Sendo prior das Caldas da Rainha, aí me acolheu na residência paroquial. O seu acolhimento e respeito sempre me fizeram sentir em casa. Da sua sabedoria recebi muito que me tem sido útil como sacerdote inclusive o bom humor.
P. Carlos Paes. A minha vinda para Lisboa juntou-me a outros sacerdotes entre os quais este que é pároco de S. João de Deus. Entre nós sempre houve uma comunhão de ideias ou melhor de ideais. A sua linguagem e o seu espírito inquieto sempre me foram familiares bem como ao seu modo de acolher os irmãos sacerdotes nos quais me incluo.
P. Carlos Jorge. O actual prior de Alcobaça tem sido uma presença de grande amizade na minha vida desde o tempo do Seminário. Também é daquelas pessoas de quem nos aproximamos muito pela linguagem e espírito. Algumas vezes temos colaborado em sonhos pastorais que partilhamos com muito entusiasmo.
P. Luis Kondor (+) A este Sacerdote de Fátima que foi vice-postulador para a causa de beatificação dos Pastorinhos Francisco e Jacinta, devemos a sua amizade pessoal e a paixão por servir a igreja Portuguesa e a mensagem de Fátima. Nas conversas pessoais com ele foi-nos contagiando com o entusiasmo pelo conteúdo das aparições e dos seus protagonistas.
Termino reforçando que estes são apenas alguns dos Padres que nos marcaram ao longo destes anos de sacerdócio. Com todos tivemos contacto pessoal e essa é uma das referências para este conteúdo de gratidão. Outros nos tocaram pelas palavras lidas ou escutadas, mas o que mais me marca é o entusiasmo com que viveram ou vivem no serviço a Deus e à Igreja.
Sei que a sua recompensa será grande porque assim é a promessa do nosso Deus que é Fiel.


P. Carlos M. P. Azevedo
Lisboa, 14 Novembro de 2011

Arriscar é: provar o amor

Se o amor não precisasse de ser provado Jesus não teria morrido na Cruz. Temos mesmo dar provas do nosso amor!